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Em um dia de nada a dizer…

… só me resta a reclamar que de novo o Luciano Huck e seu Rolex ocupam espaço das páginas da Folha de São Paulo. E, como eu não posso concordar com a explicação do meu amigo de que haveria falta de notícias, eu fico aguardando uma contribuição mais elaborada ou mais criativa para explicar tamanho destaque ao Rolex do Huck!

Ah, a falta de atenção!!!

A Folha de hoje nos faz saber que foi roubado, na terra de um amigo blogueiro, um livro de bronze de três quilos que integra uma escultura em homenagem aos poetas Mário Quintana e Carlos Drummond de Andrade. Quinze reais em bronze, segundo a matéria. Ainda que não seja nenhuma fortuna, mostra que algum livro ainda tem valor neste país.

Ou não. A polícia civil ESTIMA que o livro tenha sido roubado há cerca de duas semanas, pois não se sabe a data exata. Ninguém deu pela falta do livro na mão de Drummond. Pouco caso dos gaúchos com os mineiros? Ou uma questão de desatenção generalizada dos leitores deste país?

Eu, a partir de uma experiência pessoal diria que um pouco dos dois, já que nem os meus leitores gaúchos, que eu devo admitir ser o grupo demográfico mais fiel a este blog, nem tampouco os demais brasileiros notaram que este blog, há aproximadamente 24 horas saiu da CHRISE em que se encontrava!

Lamentável, caros leitores. Lamentável.

Meu próximo bichinho

Um grupo da Escola de Medicina da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, utilizou um peixe que sofre de insônia para tentar compreender a genética dos distúrbios de sono.

O peixe-zebra, também conhecido no Brasil como paulistinha, pode ter uma mutação genética ligada a problemas de sono, de acordo com artigo publicado na edição desta terça-feira (16/10) da revista PLoS (Public Library of Science) Biology.

Como a maioria dos peixes não tem pálpebras, é comum se perguntar se eles de fato adormecem. O estudo feito pela equipe de Mignot mostra que sim – e que o paulistinha é um valioso modelo animal para o estudo de distúrbios do sono.

Talvez eu pareça doida passando minhas noites de insônia trocando idéias com ele, mas acho que seremos grandes amigos.

O meio científico sul-americano está em evidência

Matéria da Folha online de hoje relata um maciço crescimento da participação dos países da América do Sul entre os agraciados do prêmio IgNobel.

Para quem não teve ainda o prazer de conhecer, o IgNobel premia anualmente as descobertas científicas mais bizarras. O prêmio foi criado pela revista de humor científico Annals of Improbable Research, e os prêmios são entregues em Harvard.

Pois bem, segundo a Folha, pela primeira vez nos 17 anos de história do prêmio, é a segunda vez em que houveram sul-americanos premiados, quais sejam:

– um grupo de argentinos da Universidade de Quilmes mostrou que o Viagra é capaz de reverter os efeitos do “jet lag” (o mal-estar causado por viagens para fusos horários diferentes) em hamsters;

– o chileno Enrique Cerda ganhou o laurel em Física por explicar por que os lençóis ficam enrugados;

 

– o colombiano Juan Manuel Toro, o de Lingüística, ao demonstrar que ratos não conseguem diferenciar sempre o holandês do japonês quando falados numa gravação tocada de trás para a frente.

 

Infelizmente, nenhum brasileiro, para nos deixar orgulhosos. Mas merece menção especial, o “créme de la créme”: o prêmio da Paz também foi para o Laboratório Wright, da Força Aérea dos EUA, que nos anos 1990 iniciou o desenvolvimento de um programa de armas químicas que incluía bombardear soldados inimigos com substâncias para atrair insetos ou com “substâncias que alteram o comportamento humano”. “Um exemplo de mau gosto [sic] mas completamente não-letal seriam afrodisíacos fortes, especialmente se a substância também causasse comportamento homossexual”, afirma um documento do programa que foi tornado público.