Gente, eu ando muito sensibilizada e preocupada com o aumento dos preços de alimentos. De um modo geral, mas especialmente dos itens básicos, aqueles com que ninguém nunca se preocupou: arroz, feijão, leite… Isso não só compromete o padrão de vida mínimo dos mais desafortunados, como, obviamente, gera inflação em cascata!!!
Só hoje li umas 4 matérias sobre o tema, e venho pensado muito sobre ele. A matéria abaixo abriu o Bom dia Brasil de hoje:
Cenas que há muito não eram vistas no supermercado: carrinhos mais vazios, menos produtos por mais dinheiro, corte de gastos fora de casa. O consumo começa a desacelerar. A culpa é da alta dos preços, principalmente dos alimentos.
As famílias brasileiras puxaram o freio. Estão consumindo menos. O motivo: a alta dos preços, principalmente dos alimentos. Os carrinhos de compra encolheram. A mesa ficou menos farta e o orçamento está justo.
O consumidor está mudando hábitos. Aqueles almoços de fim de semana com a família, por exemplo, estão mais modestos. Nem todos os parentes vão ser convidados. A carne do molho já não é mais de primeira.
O consumidor já andava endividado. Com a inflação em alta, diminuiu as compras e agora ficou mais desconfiado da economia.
Compras uma vez por semana e só o suficiente para o marido e os dois filhos. Nada de supérfluos. E não espere um convite da cabeleireira Ivete Bezerra Rodrigues para almoçar.
“Nós estamos comendo, só que estamos diminuindo as quantidades. Por exemplo, se você recebia mais visita recebe menos visita, porque aí o gasto é maior”, disse a cabeleireira Ivete Bezerra Rodrigues.
As sacolas encolheram.
“Arroz, feijão, açúcar, o produto de limpeza está bem mais caro”, comentou uma consumidora.
“Quando aperta, sobe o preço. Diminuo comprando menos”, disse outra senhora.
Pesquisa, feita por um instituto que estuda o consumo na América Latina, mostra que, enquanto os preços aumentaram em média 3% no primeiro trimestre deste ano, o consumo caiu 4% na comparação com outubro, novembro e dezembro de 2007.
As classes D e E foram as que mais frearam as compras. “A gente está vendo outras coisas para poder suprir”, contou uma dona de casa.
Acostumado a fazer análises sobre o comércio varejista, o professor de economia Nelson Barrizzelli acredita que a redução no consumo deve se reverter.
“Eu não acho que essa queda signifique que temos um problema pela frente. Significa apenas uma diminuição daquele ímpeto no qual nós vínhamos vindo e certamente será retomado nos meses seguintes, principalmente no segundo semestre”, acredita o economista Nelson Barrizzelli.
Para o economista, um dos principais motivos para a queda é o alto endividamento das famílias. “O dinheiro foi transferido para outros bens, provavelmente pagamento de compromissos assumidos em 2007”, continua Nelson Barrizzelli.
A preocupação com a inflação tem crescido. Pesquisa mensal da Federação do Comércio de São Paulo revela que a alta dos preços dos alimentos deixa o consumidor menos otimista. O índice de confiança na economia caiu, o que não acontecia há oito meses.
Pela oitava vez seguida, o mercado financeiro elevou a previsão de inflação para este ano: 5,12%, distante da meta do Banco Central, que é de 4,5%.
São previsões que, por enquanto, não afetam diretamente o dia-a-dia de quem está na fila do caixa. Mas se elas se confirmarem, para Dona Ivete será uma diversão a menos.
“Almoço no domingo, só a família”, prevê a cabeleireira.
A maior queda no consumo (9%) foi registrada nos estados do Centro-Oeste e nas cidades do interior de São Paulo. A Região Nordeste teve a menor retração: 2%.
A gente tem mais é que dar graças a Deus de poder comer comidinhas diferentes!!!!!